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Do banimento do Latim e da Filosofia à imbecilidade coletiva

Como o banimento do Latim e da Filosofia produziu uma geração de robôs dominados por ideologias ultrapassadas, causadoras de uma imbecilização coletiva e que odeiam tudo o que tem valor e abraçam tudo o que não vale nada?

 

Exército de bonecos simbolizando a imbecilização coletiva



Artigo publicado originalmente no blog En Garde!, em maio de 2009.
Adaptação: Equipe Prof. Taiguara Fernandes

 

Em seu livro O Latim no Direito (Rio de Janeiro: Forense, 2002), Ronaldo Caldeira Xavier afirma, logo à Introdução:

 

“Há dezesseis anos, pela Resolução 8/71, destinada a fixar ‘o núcleo comum para os currículos do ensino de 1º e 2º graus, definindo-lhes os objetivos e a amplitude’, o Conselho Federal de Educação (CFE), em cumprimento ao disposto no art. 4º, §§ 1º (inciso I) e 2º, da Lei nº 5.692, de 11.08.71; na forma ainda do que estabelecem os arts. 5º, 6º, 7º e 8º da mesma Lei; e tendo em vista o Parecer nº 853/71, com homologação do então Ministro da Educação e Cultura, houve por bem excluir (por omissão) o Latim do programa oficial de ensino. Fado idêntico, pela mesma Resolução, coube à Filosofia. E eis que, de uma só esmechada, se assentava em privar o alunado brasileiro de duas melhores fontes de cultura humanística. Imperiosos motivos (que infelizmente não alcançamos) deveriam certamente haver inspirado os seis doutos membros que firmaram a sobredita Resolução.”

 

São inalcançáveis a qualquer um que se detenha um pouco no assunto os “imperiosos motivos” que levaram ao banimento de duas tão importantes disciplinas do programa oficial de ensino como o são o latim e a filosofia.

Não por mero saudosismo, mas porque o latim estimula comprovadamente o raciocínio lógico, a concisão, a objetividade – é o inimigo número 1 da prolixidade, por isso o preferido de juristas e teólogos -, além de facilitar uma melhor compreensão da língua portuguesa e de sua estrutura, sendo também base para o estudo de outras línguas (como o espanhol, francês e italiano).

A filosofia, por sua vez, dispensa maiores comentários: é inegável como esta contribui para o desenvolvimento da investigação dialética e lógica na busca da verdade dos fatos e das coisas.

O saber de grandes filósofos como Platão, Aristóteles, Cícero, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, etc., é alicerce sólido e alimento nutritivo para a inteligência, a moralidade e a virtude.

Por que motivo, então, matar com uma única facada a filosofia e o latim, banindo-os do programa oficial de ensino brasileiro, fazendo-lhes vítimas do ostracismo intelectual?

“Imperiosos motivos que infelizmente não alcançamos…”

Alcançável é, contudo, a certeza de que massas burras são massas facilmente domináveis.

O banimento do latim e da filosofia criou uma geração de brasileiros sem qualquer amor pelo raciocínio, pela investigação da verdade e pelo senso moral. O resultado são pessoas que não questionam absolutamente nada do que os donos do poder lhes apresentam como certo e fidedigno, e assim se tornam vítimas facilmente manipuláveis pelo Estado ou por qualquer um que o controle.

 


…amputando a inteligência, o resultado é a imbecilização.


 

O progressismo global pode assim dominar — seguindo o programa do marxismo cultural — palavras e expressões inteiras, deturpando-lhe o sentido e conferindo-lhe novo significado conforme seus propósitos sórdidos, criando a “Novilíngua”

Assim, hoje em dia qualquer contrariedade é impugnada como “preconceito”, qualquer opinião oposta é condenada como “discriminação”; a palavra “diálogo” toma o sentido de ser cúmplice; ser “conservador” é ser nazista e retrógrado, ser da “esquerda” é ser do progresso e amigo da sociedade. E nada disso é questionado; tudo se aceita passivamente.

Perdeu-se o gosto pelo raciocínio e pela precisão no discurso — que o latim garantia — e o amor pela contenda intelectual e a investigação da verdade — que a filosofia estimulava. O resultado é uma geração de robôs, indivíduos facilmente manipuláveis por ideologias ultrapassadas e imbecilizantes, defensores de conceitos “politicamente corretos” absurdos, mas enfiados em suas mentes e aceitos com passividade.

 

Marionetes, símbolo maior da imbecilização coletiva em função de idologias dominantes

 

Do banimento do latim e da filosofia seguiu-se a imbecilidade coletiva.

E assim qualquer idiota imbuído de algum poder pode chegar em alguém e justificar o aborto dizendo que “a mulher tem direito sobre o seu corpo”, e ninguém lhe questiona se a mulher teria direito sobre um corpo que não é seu, mas de seu filho!

 

Prof. Taiguara Fernandes

Prof. Taiguara Fernandes

Advogado, professor, analista e palestrante, Taiguara Fernandes dedica sua vida aos estudos de temas como Filosofia, Religião, Política, Direito, História… há mais de 15 anos. Já palestrou em vários congressos pelo Brasil, como o CPAC Brasil, Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG-Itamaraty), Instituto Borborema e Centro Dom Bosco.

Prof. Taiguara Fernandes

Prof. Taiguara Fernandes

Advogado, professor, analista e palestrante, Taiguara Fernandes dedica sua vida aos estudos de temas como Filosofia, Religião, Política, Direito, História… há mais de 15 anos. Já palestrou em vários congressos pelo Brasil, como o CPAC Brasil, Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG-Itamaraty), Instituto Borborema e Centro Dom Bosco.

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